terça-feira, 11 de maio de 2010

Uma Gota de Poesia

Boa noite queridos leitores!

Como puderam notar, esse é meu primeiro post, e para estrear vou falar sobre algo que adoro, faço e recomendo à todos, conhecer, fazer e divulgar.

A poesia...

Escrevo poemas desde os nove anos de idade, os tenho como uma maneira de desabafar, me expressar.

A maioria das pessoas costuma dizer que fazer poesia é um dom, por isso não são todas que a fazem.

Na minha opinião, se poetar é um dom, somos todos providos dele, com a diferença de que alguns de nós criamos uma barreira e temos medo de colocar nossas idéias no papel, enquanto outros de nós simplesmente escrevemos sem esperar resultado, sem medo algum.

Todo ser humano pode fazer poesia, basta deixar a alma falar mais alto, pois ela enxerga o mundo com olhos de poeta.

É o que nosso poeta Vinícius de Moraes costumava fazer, deixar a alma falar:

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.


E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Lindo soneto não é?
Vivicuis de Moraes
Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913, e veio à falescer em 9 de julho de 1980.

Poeta essencialmente lírico, conhecido como O poetinha, ficou famoso por seus sonetos. Era boêmio, fumante, apreciador do uísque e grande conquistador.

Sua obra abrange cinema, teatro, música e literatura, incluindo na última a literatura infantil, também de grande sucesso.

Seus sonetos cheios de vida e sentimentos foram muitas vezes minha fonte de inspiração, e tenho certeza que a de muitos outros poetas também.

Ler e apreciar a arte da poesia é uma excelente maneira de aflorar em nós esse Dom de escrever.

Aí vai um poema meu:

Loucos e santos


Dos pensamentos que perseguem, loucos
Dos devaneios que acompanham, santos
Das diferenças, das crenças e contos
Das magias, energias e cantos
Das poesias que se acalmam em tinta
Da beleza que se esvai em fúria
Da paz que segue infinda
Da alma lavada e pura
Das idéias loucas e santas
Dos devaneios santos e loucos
Das formas tortas e planas
Dos planos incertos e tortos
De tudo que se segue, a vida
De tudo que fica, por um fio
De tudo que foge, à mira
Dos desejos, da sina, o desafio
De tudo que surge, imprevisto
De tudo que se vai, já esperado
De tudo que resta, vestígios
Das mãos, do calor, do abraço
De tudo sobra, aqui dentro
De um coração vivo, transbordando
De um louco,os desejos
Do desafio,os santos...

E para encerrar o meu conselho: Peguem um papel e escrevam!

Tenho certeza de que se sairão bem!

E mesmo que realmente não queiram escrever, divulguem a poesia, e incentivem a leitura e a escrita, pois na sutileza de um poema podemos encontrar a chave para um mundo melhor.

Ótima terça-feira a todos.

Beijos!!!


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